Lançado no mês passado, Anthem tem angariado algo que provavelmente é pior do que reviews muito ruins – isso teria dado alguma popularidade a ele – mas reviews extremamente medíocres. Variando entre 55 e 65 na visão dos críticos (Sendo muito inferior na visão do jogador, com nota de 38 no User’s Review da Metacritic), a grande conclusão que você obtém quando vê o que as pessoas comentam sobre esse jogo, é que o jogo é só “Okay”, mas considerando as últimas polêmicas e decepções vindas da Bioware, o público está bem decepcionado e irritado com a empresa.
Mesmo assim, vemos que, segundo o pesquisador do mercado norte-americano NPD divulgou ontem que Anthem é o jogo com mais vendas em fevereiro de 2019 e o segundo com mais vendas no ano – atrás apenas de Kingdom Hearts 3 -, melhorando até a previsão que a EA tinha de vendas, que subiu a expectativa para 6 milhões de cópias até 31 de março.
Esse número, segundo ScreenRant, pode significar um cenário sombrio para a transparência de empresas desenvolvedoras de games, uma vez que pode ser atribuído à Bioware e EA não terem enviado as tradicionais review copies (cópias para resenhas) que geralmente são liberadas antecipadamente para youtubers e blogueiros jogarem e publicarem suas impressões e recomendarem – ou não – a compra do jogo.
Agora, se mais empresas começarem a ter práticas parecidas com Bioware e EA, pode ser que os consumidores não tenham mais acesso à resenhas antecipadas e os jogos passem a ter calendários de lançamentos complicados, onde apenas as pessoas que compraram antecipadamente (geralmente na pré-venda, onde os jogos são muito mais caros) podem jogar antes, e as pessoas que compraram depois são barradas de jogar até a empresa liberar para elas jogarem, incentivando injustamente a compra antecipada e o gasto de mais dinheiro (além das monetizações e microtransactions que estão se tornando a característica principal de jogos multiplayer como Anthem).
Anthem não está vendendo tanto por seu próprio mérito, mas por estratégias desonestas e que podem manchar ainda mais um mercado que tem sido marcado por práticas predatórias de monetização e a valorização do lucro antes da satisfação do consumidor, sacrificando franquias como Star Wars e Mass Effect, como vimos anos atrás.
Fontes: ScreenRant, GameSpot, IGN e PCGamesN.